Quando falamos sobre “custo” nos referimos à capacidade que temos de calcular perdas e ganhos visando uma tomada de decisão. Entendo por “decisão” toda e qualquer situação em que, não importa qual seja a escolha, haverá perdas e ganhos. Nesse caso, calcular o custo é tomar consciência do que vamos perder e ganhar numa determinada decisão.

No fundo, as pessoas calculam custos o tempo todo, pois sempre estão decidindo. Isso é assim mesmo quando não decidem. Afinal, “não decidir” também é uma decisão e, como toda decisão, ela tem perdas e ganhos.

O discipulado como ato de seguir a Jesus é uma decisão. Portanto, tem um custo. Qual é o seu custo? Em Lucas 14.25-35, Jesus responde essa pergunta.

O custo do amor

Se alguém vier a mim, e amar pai e mãe, mulher e filhos, irmãos e irmãs, e até a própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. (Lc 14.26)

A primeira demanda do discipulado é o amor. Não o amor em geral, mas um amor específico. O verdadeiro discípulo ama a Jesus como Deus, isto é, acima da família e da sua própria vida. Quando amamos nossa família mais do que a Deus, nossa família não é amada como deveria ser. Na verdade, quando isso acontece, ela é amada no lugar de Deus. Portanto, o discipulado requer que Cristo seja o centro.

O custo do sofrimento

Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. (Lc 14.27)

Para os ouvintes, a cruz era símbolo de rejeição e humilhação. O sujeito que carregava uma cruz tinha sido banido da sociedade, porque era considerado uma ameaça para todos. Ele deveria ser eliminado, mas não sem antes passar por um doloroso processo de humilhação e sofrimento.

Portanto, “carregar sua cruz” revela que o discipulado de Jesus implica a convivência em um mundo hostil ao evangelho, em uma cultura que rejeita seus ensinos e, por conseguinte, seus discípulos.

O custo do desapego

Assim, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui não pode ser meu discípulo (Lc 14.33).

A terceira demanda trata-se de um golpe fatal em nossa dependência de todas as coisas que criam em nós um vínculo de pertencimento ao mundo, que são potencialmente a razão pela qual muitos são incapazes de seguir a Jesus.

A advertência de Jesus é precisa: aquele que for incapaz de amar a Cristo acima de tudo, de sofrer por causa de Jesus e seu ensino e de desvincular-se de tudo o que o prende nesse mundo, jamais poderá ser seu discípulo.

(extraído e adaptado. Disponível em: https://ministeriofiel.com.br/artigos/3-custos-de-seguir-jesus/)

 

 

CategoryArtigos, Pastoral
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