“Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é correto que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Por isso, irmãos, escolham entre vocês sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, para os encarregarmos desse serviço. Quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.” Atos 6.2-4
Temos visto as qualificações bíblicas de um diácono nos últimos boletins da IPJ. Começando por Atos 6, vimos que os diáconos devem ser de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria. Depois, nas cartas de Paulo, vimos que tais servos de Deus precisam demonstrar qualidades morais e espirituais, inclusive liderança na família e que governam bem sua casa, para exercerem o governo da casa de Deus com autoridade e respeito.
Já indicamos aqueles que nos parecem enquadrar-se dentro dos critérios da Palavra de Deus. Agora aproxima-se a hora em que os membros da igreja em plena comunhão, por meio da assembleia reunida, hão de escolhê-los por meio de seu voto. Este é um direito de cada membro comungante da igreja.
Foi assim, por meio de um processo de escolha de pessoas para a diaconia, ou o serviço às mesas, que os apóstolos envolveram a igreja de Jerusalém enquanto eles próprios cuidavam de reafirmar os ensinos de Jesus e cuidar da oração pelo povo de Deus.
A palavra grega diakonos significa “um servo”, e frequentemente um servente de mesas, ou garçom. Veja Mt 22.13 por exemplo. Mas diakonos também tem conexão com o suprimento de necessidades e a execução de serviços que envolvem o bem estar social das pessoas atendidas. Se olharmos com atenção, o próprio Senhor Jesus veio para servir (Mc 10.45).
Talvez, homens como Estevão e Felipe, dentre os escolhidos pela igreja naquele tempo, não tivessem o perfil estabelecido para diáconos da igreja, tempos mais tarde pelo apóstolo Paulo. Mas eles foram responsabilizados pelo bem-estar das viúvas helenistas e assim trabalharam. Enquanto se cuidava da fé e da doutrina de um lado, do outro se cuidava para que os cristãos sem recursos tivessem seu sustento provisionado.
O Evangelho nos mostra que Jesus serviu a Deus por Sua morte na cruz. Mas também demonstrou e usou Seu poder para servir pessoas que o procuravam. Esta característica foi transmitida aos apóstolos, que por sua vez, trataram espiritual e materialmente da igreja de seu tempo.
Hoje, mantemos as tradições milenares da igreja e escolhemos homens que se preocupam em cuidar para que nada falte aos irmãos de fé necessitados de ajuda.
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Por: Rev. Wilson do Amaral Filho
