Na semana passada começamos a tratar sobre como podemos proteger nossas crianças de abuso sexual. Justin Holcomb, em seu livro Deus fez tudo por mim, da Editora Fiel, destaca algumas maneiras de proteger nossos filhos do abuso sexual. No boletim anterior apresentamos duas maneiras:

1. Explique ao seu filho ou à sua filha que Deus fez o corpo dele(a).

2. Ensine os nomes corretos de cada parte privada do corpo.
Vejamos outras maneiras de proteger nossos filhos do abuso sexual:

3. Convide seu filho ao diálogo. Deixe claro aos seus filhos que eles podem contar a você se qualquer pessoa tocá-los nas partes íntimas ou de uma forma que os leve a se sentir desconfortáveis (até mesmo nas áreas não cobertas pela roupa de banho) — não importa quem é a pessoa ou o que ela diz a eles. Assegure aos seus filhos que eles não ficarão em apuros se revelarem a você que foram tocados de maneira inadequada — pelo contrário, você ficará orgulhoso deles por lhe terem contado e os ajudará nessa situação.

4. Converse sobre toques. Esclareça a adultos e crianças a diferença entre toques que são aceitáveis e toques que são inapropriados. Ao seu filho ou à sua filha, você pode dizer algo assim: “Na maioria das vezes, você gosta de ser abraçado(a), acariciado(a) e beijado(a), e também de receber cócegas, mas outras vezes você não quer e está tudo bem em não querer. Apenas me diga se alguém — um membro da família, um amigo ou qualquer outra pessoa — tocar em você ou conversar de um modo que deixe você constrangido(a)”. Ensine aos pequeninos como dizer “Pare”, “Acabou” e “Não mais”.

5. Não peça ao seu filho para cuidar das suas emoções. Sem perceber, às vezes pedimos à criança algo assim: “Eu estou triste, você pode me dar um abraço?”. Embora isso possa ter uma intenção inocente, coloca a criança numa posição de se sentir responsável por suas emoções e seu bem-estar: “A mamãe está triste… preciso alegrá-la”. Se alguém quiser abusar de uma criança, pode usar linguagem semelhante para que a criança o “ajude” a se sentir melhor; e a criança pode racionalizar como aceitável se isso é algo que ela faz inocentemente com você.

6. Rejeite a palavra “segredo”. Explique a diferença entre um segredo e uma surpresa. Surpresas são alegres e geram empolgação, porque, em poucos instantes, algo que traz grande prazer será revelado. Segredos, ao contrário, causam isolamento e exclusão. Quando guardar segredos torna-se algo costumeiro com um indivíduo apenas, as crianças ficam mais suscetíveis ao abuso. Com frequência, os agressores pedem às suas vítimas que guardem coisas como segredos apenas entre eles.

Por: Rev. Luís Roberto Navarro Avellar

CategoryArtigos, Pastoral
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