“Este Jesus é a pedra que vocês, os construtores, rejeitaram, mas ele veio a ser a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4.11,12)

A cena é a de um tribunal. De um lado estão as autoridades, os anciãos, os escribas, o sumo sacerdote Anás, com Caifás, João, Alexandre e todos os da linhagem do sumo sacerdote. De outro lado, sendo interrogados, os apóstolos prisioneiros Pedro e João.

O crime cometido pelos apóstolos é anunciar a Jesus, ressurreto dentre os mortos. A motivação para incriminá-los é o ressentimento, pois essas pessoas não podem negar a cura de um coxo, que certamente conhecem por mendigar às portas do templo. Também estão vendo muitos crerem em Jesus por causa deste milagre e se bandear para o lado dele.

A pergunta é: “— Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” A resposta não poderia ser mais direta: “saibam os senhores todos e todo o povo de Israel que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vocês crucificaram e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado na presença de vocês.”

A esta altura é bom lembrar o registro do evangelista Mateus. Essas mesmas autoridades haviam subornado os soldados que guardavam o sepulcro, para dizerem que os discípulos de Jesus haviam roubado seu corpo e esta versão dos fatos se propagou entre os judeus.

Voltando ao tribunal, os apóstolos não só acusam as autoridades de matar Jesus, mas confirmam a ressurreição de Jesus pela ação de Deus, e ainda atestam que Ele é a pedra angular, rejeitada pelas autoridades, e o único nome na humanidade inteira capaz de salvar pessoas de seus pecados.

Os apóstolos citam o Salmo 118.22 para referir-se a Jesus como pedra angular. Mas Isaías também escreve a respeito: “Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que ponho em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge. (Is 28.16). Ou seja, quem está estabelecendo a exclusividade de Jesus, desde o princípio, é o Senhor de Israel!

Para nossa meditação, vamos, então, devolver a pergunta aos membros do tribunal: “— Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” Certamente foi em nome do ressentimento, do desprezo à Lei do Senhor, do amor pelo poder e, ainda pior, da rejeição de Jesus e de sua ressurreição, em completa negação das Escrituras!

Pedro, cheio do Espírito Santo, afirma: “debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. Ele ouviu da boca de Jesus: “— Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6). Ele escreveu em sua primeira carta: “sejam sóbrios e esperem inteiramente na graça que lhes está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. (1Pe 1.13).

Como vemos, Jesus Cristo é exclusivo, porque Deus o considera exclusivo. A Lei do Antigo Testamento aponta para Jesus. Os salmos e os profetas apontam para Jesus. O Novo Testamento apresenta Jesus. Deus falou no meio da nuvem: — Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; escutem o que ele diz! (Mt 17.5)

Como poderíamos nós considerar que nossas obras nos salvam? Como poderíamos pensar que pessoas, como nós, poderiam ser nossas mediadoras diante de Deus? Como poderíamos pensar que os deuses criados pela humanidade podem rivalizar com o eleito de Deus — Jesus Cristo? Jesus Cristo é exclusivo para a nossa salvação eterna!

Foto: Freepik

Por: Rev. Wilson do Amaral Filho

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