“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor.” Lucas 4.18,19

Nazaré foi a cidade onde Jesus viveu até deixá-la para dedicar-se integralmente ao seu ministério messiânico. Quando ele voltou para casa, uma de suas iniciativas foi visitar a sinagoga no sábado. Naturalmente, Jesus foi identificado logo de início como o carpinteiro, ou como o filho do carpinteiro, filho de Maria, que havia deixado a cidade há pouco tempo.

Na sinagoga deram a Jesus o rolo da profecia de Isaías para a leitura, e ele selecionou a passagem que se encontra no capítulo 61, que retrata o ministério messiânico, previsto no Antigo Testamento, aplicando-o a si mesmo. Depois de ler o texto sagrado, todos ficaram atônitos com suas sábias palavras, a princípio; porém se revoltaram contra ele por sua interpretação daquele texto bíblico ao ponto de desejar matá-lo.

Por que Jesus procurou esta passagem? Vejamos o que ela significava para o seu ministério:

1) Que o Espírito do Senhor estava sobre ele, ou seja, o mesmo Espírito que se manifestara no Seu batismo e o conduzira ao deserto para ser tentado; era aquele que o fortalecia para a missão messiânica, muitíssimo superior à missão dos mestres de Israel;

2) Que foi ungido pelo Espírito para evangelizar os pobres, proclamar libertação para os aprisionados, restaurar a visão dos cegos, libertar os oprimidos do diabo e proclamar o tempo da salvação. Esta era uma visão muito diferente do ensino dos mestres de Israel, os quais esperavam um rei temporal que os libertasse do jugo romano e os elevasse ao primeiro plano entre as nações.

3) Atribuindo a si mesmo a unção do Espírito do Senhor, o Deus pactual de Abraão, ele reivindicava para si a prerrogativa de ser o Messias de Deus.

Tendo a revelação completa do ser de Deus no Novo Testamento, sabemos que embora o Pai, o Filho e o Espírito sejam um só Deus, de mesma essência, atributos e poder, nesta passagem específica podemos contemplar a cooperação das pessoas da Trindade para a nossa salvação.

Pelas Escrituras sabemos que o Pai planejou a salvação de todos quantos confessam o nome do Senhor Jesus. Sabemos também que o Filho de Deus se tornou um de nós para nos redimir da condenação eterna por meio de sua morte e ressurreição. Sabemos ainda que o Espírito do Senhor foi e continua a ser responsável por produzir a salvação em todos aqueles que hão de crer.

Esta providência divina de salvação, motivada pelo profundo amor de Deus pelos pecadores, deve trazer-nos grande alegria e confiança. Afinal, as pessoas da Trindade santa se mobilizaram inteiramente para nos trazer perdão, salvação e comunhão. Bendita obra da graça e bondade do Senhor!

Não sejamos incrédulos como os nazarenos, mas crentes no Ungido do Senhor!

Foto: kcm.org

Por: Rev. Wilson do Amaral Filho

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