A morte de Jesus Cristo foi o acontecimento mais marcante de toda a história. Séculos antes de ocorrer, ela foi predita em detalhes incríveis por vários profetas do Antigo Testamento. E os fenômenos sobrenaturais que acompanharam o evento real separam-na radicalmente de todas as outras mortes ocorridas antes e depois.

As Escrituras nos dizem que, durante a crucificação, o brilhante sol do meio-dia foi totalmente obscurecido até as 15 horas, mergulhando toda a terra na escuridão. No momento preciso de sua morte, a espessa cortina do templo judaico, que separava o Santo dos Santos (o cômodo interior simbolicamente habitado por Deus), foi rasgada de cima a baixo por uma mão invisível. Um terremoto dividiu pedras e abriu tumbas próximas. Os mortos foram ressuscitados e saíram dos sepulcros, aparecendo mais tarde para o povo em Jerusalém (ver Mateus 27.45,51-53).

Jesus ressuscitou três dias após sua morte e, durante um período de 40 dias, apareceu aos seus discípulos em várias ocasiões — em uma delas, para quinhentos de uma só vez. Passado esse tempo, os apóstolos o viram se afastar em uma nuvem por meio da qual ascendeu ao céu.

Por que a morte de Cristo foi um evento tão surpreendente em si? E como era possível que o Filho eterno de Deus, por quem e para quem foram criadas todas as coisas (ver Colossenses 1.15-16), acabasse, em sua natureza humana, morrendo uma das mortes mais cruéis e humilhantes já inventadas pelo homem? Sabemos que a morte de Jesus na cruz não o pegou de surpresa, tanto que ele a predisse continuamente a seus discípulos (veja Lucas 18.31-33 para um exemplo). E, com sua crucificação iminente diante de si, Jesus mesmo disse: “Que direi eu? Pai, me salva desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora” (João 12.27). Jesus disse que veio para morrer.

Mas por quê? Por que Jesus veio para morrer? Os apóstolos Paulo e Pedro nos dão a resposta em termos claros e concisos. Paulo escreveu: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras”; e Pedro apontou: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Coríntios 15.3; 1 Pedro 3.18).

Cristo morreu pelos nossos pecados. Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus, tomou sobre si uma natureza humana e teve uma morte terrível em nosso lugar, sofrendo o que deveríamos ter sofrido, para pagar a pena pelos nossos pecados. Essa é a razão da cruz.

(Extraído do livro “O Evangelho Para a Vida Real”, de Jerry Bridges, Editora Fiel)

Por: Jerry Bridges

CategoryArtigos, Pastoral
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