“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1.22).

É motivo de gratidão, de muita gratidão, quando se percebe que o Espírito Santo iluminou o entendimento de alguém, dissipando a névoa do erro, estabelecendo-o na verdade. Contudo isso é só o começo. As Escrituras Sagradas são proveitosas não apenas para “o ensino”, mas também para “a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16).

Repare bem na ordem: antes que estejamos prontos para sermos educados “na justiça” (agir corretamente), há muito em nossa vida que Deus “reprova”, e que nós temos de “corrigir”. Isso é assim por necessidade, porque antes da conversão tudo em nossa vida estava errado, pois tudo o que fazíamos era para gratificar a nós mesmos, sem nem mesmo pensar em Deus, nem nos preocupávamos com a Sua honra e glória.

Por isso, a primeira grande necessidade, e a fundamental obrigação de cada novo convertido é diligentemente examinar as Escrituras com o propósito de encontrar o que agrada e o que desagrada a Deus, o que Ele proíbe e o que Ele ordena. Se você de fato se converteu, então o seu primeiro interesse tem de ser ordenar todos os detalhes da sua vida — em casa, na igreja, no mundo — de forma agradável a Deus.

E na prática isso significa fazer o seguinte: “cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem” (Isaías 1.16,17); “Aparta-te do mal

e pratica o que é bom” (Sl 34.14, 37.27). Antes de se poder construir, tem de ser feita uma demolição (Ec 3.3). É necessário ocorrer um esvaziamento de si mesmo, antes de haver um enchimento do Espírito. É preciso desaprender, antes que haja verdadeira aprendizagem. E é necessário haver um ódio pelo “mal” antes que haja o amor ao “bem” (Am 5.15, Rm 12.9).

Aquilo que determinará em grande parte a medida da bênção que o jovem cristão experimentará na vida, é o grau em que ele aplica as Santas Escrituras na prática, regulando seus pensamentos, desejos, e ações, por meio das suas advertências e incentivos, suas proibições e preceitos. Quando o jovem cristão trilha um caminho de autogratificação, ele não só reduz as próprias orações a palavras vazias, mas também traz sobre si mesmo o castigo de Deus, e tudo lhe vai mal na vida.

Essa é uma das razões porque, nestes dias difíceis, muitos cristãos sofrem tanto quanto os pobres homens mundanos: Deus Se desagrada dos seus caminhos, e não Se mostra forte em seu favor (2 Cr 16.9). A solução é humilhar-se verdadeiramente de coração diante do Senhor, com tristeza piedosa, verdadeiro arrependimento, confissão genuína, com a firme determinação de consertar os nossos caminhos; e então fé que conta com a misericórdia de Deus e uma paciente expectação de que Ele vai operar maravilhas por nós, se agora trilharmos o caminho da plena submissão a Ele. IP Jundiai

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