Por isso, irmãos, escolham entre vocês sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, para os encarregarmos desse serviço.” Atos 6.3

No domingo 09 de fevereiro, a IPJ se reunirá para eleger diáconos.

A Diaconia é um dos ofícios da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) que envolvem a ordenação, com imposição de mãos dos presbíteros da Igreja, e a investidura no cargo de Diácono pelos próximos cinco anos.

A base bíblica para que a IPB reconheça e utilize o ofício da Diaconia começa com Atos 6, dos tempos iniciais da Igreja ainda em Jerusalém, quando houve uma crise entre os cristãos judeus de fora da região da Judeia (helenistas) e os da região da Judeia (hebreus), ligada à distribuição diária de alimentos.

Lucas registra o motivo: “Naqueles dias, aumentando o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.” At 6.1

Os apóstolos trataram da questão imediatamente, convocando todos os discípulos e definindo que continuariam a cuidar da oração e do ensino da Palavra de Cristo, enquanto caberia a todos escolher homens, dentre os cristãos helenistas, que cuidassem da distribuição diária.

Essa escolha efetuada pelo povo cristão, além de democrática, seria confirmada pelos apóstolos com imposição de mãos e oração. Assim, esses homens estariam investidos de autoridade apostólica para arrecadar dinheiro e mantimentos, cuidar das viúvas e, por consequência, dos pobres, dos enfermos e dos inválidos.

A escolha desses homens deveria, obrigatoriamente, ser acompanhada de virtudes dos candidatos: “boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria”.

“Boa reputação” significa dizer que seu comportamento pregresso, observado pela comunidade dos discípulos no decorrer do tempo, não incluía escândalos nem atitudes de agressividade ou malícia, mas incluía a prontidão em servir aos outros e grande confiabilidade.

“Cheios do Espírito” tinha a ver com sua espiritualidade pessoal e os dons espirituais de misericórdia. Não bastava serem membros do corpo de discípulos. Homens como Estevão e Filipe, além de muito crentes, demonstraram dons da Palavra e da evangelização.

“Cheios de sabedoria” não significava serem homens estudados, necessariamente. Significava saberem tomar decisões na dependência do Espírito, do qual deveriam ser cheios. Precisariam ter discernimento e tomada de decisão na unção do Espírito e assim abençoar os santos nas suas necessidades.

Compete a nós, no nosso tempo, escolher homens com essas características.

Por: Rev. Wilson do Amaral Filho

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