“O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem os seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançarão para si mesmos uma posição de honra e muita ousadia na fé em Cristo Jesus.” 1Timóteo 3.12-13
O apóstolo Paulo instruiu Timóteo a respeito daqueles que desejavam ser consagrados como diáconos. É preciso lembrar que muitos dos membros daquelas igrejas do passado eram convertidos do paganismo. Estavam acostumados à poligamia e, eventualmente, alguns desses tivessem mais de uma esposa.
Entretanto, seguindo os passos da criação do homem e da mulher, os quais se tornam uma só carne no casamento, o apóstolo mantém a linha de pensamento de Jesus (Mt 19.4,5) e ensina que tanto o presbítero quanto o diácono devem praticar a monogamia (1Co 7.2; 1Tm 3.2,12; Tt 1.6).
Outras partes do ensino apostólico apontam para o homem casado que ama sua esposa como Cristo ama a Igreja e se entregou por ela (Ef 5.25). Assim, aquele que deseja o diaconato pode ser solteiro, mas se for casado deve ser monogâmico, fiel e cuidadoso para com sua esposa.
O apóstolo, todavia, avança em sua instrução, falando também da relação desse homem com sua família. Seus filhos devem ser ensinados no caminho em que devem andar desde a tenra idade, para não se desviarem quando forem velhos (Pv 22.6). Entretanto, ao crescerem, podem não desejar seguir a fé cristã, contudo devem reconhecer a autoridade de seu pai com respeito e consideração.
Em outro lugar o apóstolo fala aos pais: “não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados.” (Cl 3.21) Isto significa que os pais devem ser muito sensatos na educação de seus filhos. O diácono precisa ser sábio, sensato, com sua prole e esperar de Deus os frutos de seu trabalho.
O diácono ainda precisa governar bem a sua casa. Não se trata de “controlar” sua casa, mas de gerir os seus de modo que sua casa seja refúgio para sua esposa e filhos; ser controlado financeiramente mantendo suas contas em dia; portar-se, espiritualmente falando, como o sacerdote da casa.
Se ele não se firma nestes requisitos, não terá a mínima condição de administrar a Casa do Senhor, não importa sua cultura, sua condição social e financeira, sua contribuição à Igreja ou seu espírito de liderança e iniciativa social.
Ser diácono, portanto, é ser pessoa confiável aos irmãos de fé, tanto os necessitados quanto os que possuem recursos. Se for casado, deve ser muito bem casado. Se for pai, seja um bom pai, companheiro, manso, disciplinador e mestre de seus filhos. Se for bom líder de sua casa, certamente bom líder da Igreja de Deus!
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Por: Rev. Wilson do Amaral Filho