No mês de aniversário da Igreja Presbiteriana de Jundiaí estamos considerando sobre a importância de sermos uma Igreja Bíblica. Em seu livro “10 Acusações Contra a Igreja Moderna”, Paul Washer chama a igreja e os pastores ao padrão Bíblico de doutrina e vida. No domingo passado tratamos das duas primeiras acusações: “Uma negação prática da suficiência das Escrituras” e “Um desconhecimento de Deus”. Dando continuidade, hoje veremos a terceira e a quarta acusação contra a igreja moderna:
Terceira acusação: Um fracasso em abordar o mal do homem.
Vivemos em uma época que minimiza a gravidade do pecado, e aqueles que confrontam o pecado são vistos como cruéis. O humanismo (doutrina antropocêntrica em que o homem é a medida de todas as coisas) influenciou a igreja. Na igreja moderna não se fala de pecado, pois esse assunto não agrada o ser humano. No entanto, a Bíblia fala sobre o pecado. Jesus confrontou pecadores e chamou-os ao arrependimento.
Uma Igreja Bíblica confronta os pecadores (seus membros) com a Palavra de Deus. Uma Igreja Bíblica, diferente da igreja moderna, aconselha os pecadores levando-os a considerar o próprio coração enganoso (Jr 17.9). “A antropologia centrada em Deus permite-nos chamar amorosamente as pessoas para voltar seu foco para Deus e tirá-lo de si mesmos.” (Fundamentos teológicos do aconselhamento bíblico e suas aplicações práticas/ J. Babler e N. Ellen, p. 180).
Quarta acusação: Uma ignorância quanto ao Evangelho de Jesus.
A igreja moderna ainda carrega o legalismo que era presente nos fariseus dos dias de Jesus. Mensagens que cobram do homem o pagamento do preço da salvação e para a permanência na salvação. Mensagens moralistas que exigem do homem a santificação pela sua própria força e mérito pessoal. No entanto, o homem precisa ser salvo e fortalecido por Cristo para viver para a glória de Cristo. Como escreveu Antony Hoekema no livro Salvos pela Graça: “Um dos ensinamentos centrais da Bíblia é o de que somos salvos pela graça, por meio da poderosa obra do Espírito de Deus, sobre a base da obra todo-suficiente de nosso Salvador, Jesus Cristo”. Por sua morte na cruz, Jesus nos traz a graça de sermos perdoados, justificados, adotados e santificados por Deus. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Rm 5.8,9).
É pela graça que somos salvos (At 15.11; Ef 2.5,8) e é na salvação de pecadores que o caráter gratuito e imerecido da bondade de Deus se revela de maneira mais evidente (Rm 11.6; Tt 3.5). Esse é o Evangelho de Jesus Cristo, essa deve ser a pregação da igreja bíblica.
Por: Luís Roberto Navarro Avellar