“Na tua presença há plenitude de alegria, à tua direita, há delícias perpetuamente.”
(Salmo 16.11).
Na sociedade consumista em que vivemos é nos vendida a ideia de que “coisas” podem nos fazer felizes. Em busca da felicidade as pessoas acham que pelo fato de serem prósperas, materialmente falando, terão alegria plena e prazer duradouro. Mesmo entre os cristãos, a busca por coisas materiais acima das espirituais evidencia esse pensamento equivocado. Muitas pessoas dizem que buscam a Deus, mas na verdade o que buscam são as coisas que Deus pode fazer por elas ou dar-lhes. No entanto, a maior de todas as bênçãos de Deus é o próprio Deus das bênçãos. É no relacionamento de intimidade com Deus que existe a verdadeira felicidade e satisfação plena para o ser humano.
O salmista Davi ao escrever “na tua presença há plenitude de alegria, à tua direita, há delícias perpetuamente”, revela a fonte da sua alegria e prazer, a saber, o Senhor Deus. O salmista Davi revela sua esperança de vida eterna.
Agostinho, teólogo do passado, escreveu: “Fizeste-nos para Ti, e nosso coração está inquieto até encontrar descanso em Ti.” De fato, nada é mais abençoador do que buscar um relacionamento profundo com Deus. É preciso deixar claro que não há como alcançarmos esse relacionamento com Deus fora de Sua Palavra. John Piper, conferencista internacional e renomado escritor cristão, escreveu: “Um relacionamento com Deus fundamentalmente acontece pelo Espírito, através da Palavra. Não tente correr para longe da Bíblia tentando achar uma relação com Deus nos bosques ou em algum tipo de encontro estético com a natureza ou em alguma grande obra de arte. Tudo isso é suplementar. Sim, os céus manifestam a glória de Deus (Salmo 19:1). O relacionamento reside nesta comunhão: Ele para nós e nós para Ele”.
Não poderemos experimentar a intimidade com Deus sem verdadeira consagração a Ele. É necessário santificação. Não poderemos experimentar a alegria e prazer da comunhão com o Senhor se estivermos colocando nossa esperança naquilo ou em quem não é Deus, ou seja, nos ídolos. Um ídolo não pode satisfazer nosso coração, não pode satisfazer nossa alma. Somente em Deus há plenitude de alegria e delícias perpetuamente.
Por isso o apóstolo Paulo escreve em Colossenses 3.1,2 que devemos “buscar as coisas lá do alto, onde Cristo vive” e “pensar nas coisas lá do alto, e não nas que são da terra”. Conforme escreveu Timothy Keller, no livro Deuses Falsos: “Isso significa apreciação, alegria e descanso no que Jesus fez por você. Isso envolve adoração alegre, um senso da realidade de Deus na oração. Jesus tem que se tornar mais bonito para a sua imaginação, mais atrativo para o seu coração, do que seu ídolo. Isto é que irá substituir seus falsos deuses”.
Somente em Deus podemos ter satisfação para a alma e alegria verdadeira. Será que estamos prontos a admitir a nossa superficialidade e quebrantados buscarmos um relacionamento mais profundo com Deus? Façamos como nos ensina o salmista: “Agrade-se do Senhor, e ele satisfará os desejos do seu coração.” (Salmo 37.4).
Por: Rev. Luís Roberto Navarro Avellar
