“Havia um homem na terra de Uz cujo nome era Jó. Este homem era íntegro e reto, temia a Deus e se desviava do mal. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. […] Os filhos dele iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Quando se encerrava um ciclo de banquetes, Jó chamava os seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles. Pois Jó pensava assim: ‘Talvez os meus filhos tenham pecado e blasfemado contra Deus em seu coração.’ Jó fazia isso continuamente.” (Jó 1:1-5)
A paternidade é uma missão nobilíssima que requer preparo, dedicação e abnegação. A paternidade responsável é uma das maiores carências dos nossos dias. Um exemplo de paternidade nas Escrituras é o patriarca Jó. Conforme observou Rev. Hernandes Dias Lopes, no livro Mensagens Selecionadas para a Família:
“1. Jó se caracterizava por uma vida íntegra (Jó 1 .1). Ele era modelo para os seus filhos. Seu ensino era respaldado por seu exemplo. Ele vivia o que ensinava. Educava seus filhos não apenas pelo que falava, mas, sobretudo, pelo que demonstrava com sua vida.
- Jó cultivou a amizade entre os seus filhos. (Jó 1.4). Os filhos de Jó eram amigos uns dos outros. Isso só é possível quando os pais instilam esses princípios no coração dos filhos.
- Jó velava constantemente pela vida espiritual de seus filhos e intercedia por eles (Jó 1.5). O ensino e o zelo pela formação espiritual de seus filhos não foram um esforço despendido apenas na infância. Jó continuava confrontando, educando, santificando, exortando e abençoando seus filhos, mesmo depois de adultos. Jó também não abria mão de orar pelos filhos. Ele era um homem de negócios. Era rico. Tinha muitos compromissos. Tinha uma agenda congestionada. Mas a sua prioridade era levantar de madrugada para interceder pelos filhos. Era sacerdote do seu lar.”
Deus chama os pais para serem intercessores fiéis, focalizados no coração dos filhos. Das três responsabilidades principais que os pais têm na educação de seus filhos (instrução — discipulado; intervenção — disciplina; intercessão — dependência), a única que permanece ininterrupta mesmo depois que os filhos saíram de casa, formaram seu próprio lar e tiveram seus filhos é a intercessão familiar. Que todo pai e toda mãe adotem como lema o que o profeta Samuel disse ao povo de Deus: Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós… (1Sm 12.23).
Conclusão:
- Pais piedosos nunca deixam de interceder pelos seus filhos.
- Nossa intercessão deve focalizar o coração, e não somente o comportamento externo.
- A paternidade não termina somente porque os filhos saíram de casa.
- Motivos sugeridos para intercessão familiar: Conversão genuína; Caráter (o fruto do Espírito); Conduta (a vida de Cristo neles); Carreira (que glorifiquem a Deus pela vocação).
Por: Rev. Luís Roberto Navarro Avellar