Como todas as pessoas, me considero alguém ocupada. Quando estou trabalhando em algum projeto, ser interrompida para lidar com um problema ou preocupação de outra pessoa me tenta a pensar: “não preciso disso bem agora”. Vejo a interrupção como algo ruim e creio que estou sendo impedida de fazer algo mais importante. Recentemente, tenho meditado em Salmos 34.10 e 84.11: “Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará.” (Salmo 34.10). “Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente.” (Salmo 84.11).

Como resultado, tenho sido lembrada de que muitas vezes tenho uma definição errada do que é “bom”.

Minha definição errada. Eu penso que seria bom ter meu tempo sem interrupções. Eu penso que seria bom não precisar me desgastar com problemas que outras pessoas criaram. Eu penso que seria bom poder escolher como gastar meu tempo. (Basicamente, penso que seria bom que minha vida servisse somente a mim.)

Não me falta nada que seja bom. De acordo com os versos de Salmos que mencionei, não me falta nada que seja bom. Nada! Portanto, se fosse bom para mim ter um tempo de trabalho em meus projetos sem interrupção, seria isso que aconteceria. Se fosse bom não ter que lidar com problemas que outras pessoas criaram,  então eu não teria que fazer  isso.

Se fosse bom que eu tivesse controle total da minha agenda, então eu teria. (E se fosse bom eu minha vida servisse somente a mim, então eu teria isso também.). Deus não retém nada de bom de mim e, ainda assim, eu vejo suas boas dádivas e as defino como irritantes, frustrantes ou algo longe de ser bom. Minha definição de “bom” precisa mudar. Graças a Deus que ele continua sendo bom para com uma de suas criaturas (eu) que vê seus bons presentes e os rejeita. Louvado seja Deus por não se desistir de trabalhar em problemas que eu criei. E, todos nós concordaríamos, Deus deve ser louvado por nossas vidas não girarem em torno de mim mesma!

Pela graça de Deus, quero aprender uma nova definição de “bom”. Quero aprender a entender que as interrupções (ou quaisquer outras coisas que Deus traga em minha vida) são boas, não porque essas coisas têm valor intrínseco, mas porque Deus tem me dado oportunidades de conhecer a ele mais intimamente e demonstrar sua beleza e dignidade.  E quando em casos extremos em que alguém de fato intencionar mal contra mim, posso pedir a Deus que me ajude a lembrar que ele pode até mesmo usar o mal para me formar à imagem de Cristo (cf. Gênesis 50.20). Como é doce pertencer a um Deus que é bom em tudo o que faz!

(Extraído e adaptado do site: abcb.org.br)

CategoryArtigos, Pastoral
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