Rev. Luis Roberto Navarro Avellar

O ser humano vive uma busca constante pela felicidade. No entanto, ele se frustra por buscá-la fora de Deus. D. Clemente Isnard escreveu acertadamente: “A tragédia da humanidade é procurar felicidade e finalidade fora de Deus, e onde não a pode encontrar, pois nossas faculdades intelectuais só podem ser saciadas com a Suma Verdade e o Sumo Bem – Deus!”

Vejamos algumas características acerca da felicidade cristã:
Ela vem de dentro. A nossa felicidade procede de uma confiança interior que temos no Deus Soberano, e não das circunstâncias ao nosso redor. A felicidade está em nossa “alma esperar em Deus” (Salmo 62.5)

Ela ainda está presente até mesmo quando ocorrem as tragédias. A confiança de que Deus está conosco faz com que possamos continuar felizes, mesmo sofrendo por causa das tragédias, pois podemos crer que Ele está sempre conosco, nos confortando e consolando. (Salmo 23.4)

É uma obra de Deus. A felicidade cristã não é resultado dum temperamento feliz por natureza, e nem tampouco de “tentar não ficar preocupado”. O cristão deseja ser feliz continuamente, pois isso glorifica a Deus. Por isso mesmo, o que torna o cristão realmente feliz é fazer a vontade de Deus. Quando estamos no centro da vontade de Deus, quando fazemos Sua vontade, nos sentimos satisfeitos, nos sentimos em paz, nos sentimos felizes, pois assim cumprimos com nosso objetivo, pois fomos criados para a glória de Deus, para fazermos Sua santa e bendita vontade, e isso nos faz feliz.

A felicidade cristã é surpreendente porque significa estar perfeitamente satisfeito de um lado e completamente insatisfeito de outro. Depois que experimentamos a paz que Deus dá, não conseguimos ser feliz sem ela, pois ela é o resultado da presença do Senhor.

A felicidade cristã é surpreendente porque ela não advém de obter mais e sim de desejar menos. O que realmente nos torna feliz é desejar somente as coisas que Deus escolhe para nos dar.

A felicidade cristã é surpreendente porque às vezes o caminho para ser feliz não significa deixar de se preocupar, e sim começar a se preocupar com algo mais. Devemos nos preocupar com nosso pecado.

A felicidade cristã é surpreendente porque determinado problema não precisa ser afastado antes que possamos ser felizes. Deus também nos abençoa durante o sofrimento (Gálatas 5.17).

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Texto publicado no boletim da Igreja Presbiteriana de Jundiaí de 22/6/2014.

IP Jundiai

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