Rev. Luis Roberto Navarro Avellar
“Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.” (Salmo 16.11).
Na sociedade consumista em que vivemos, é nos vendida a ideia de que “coisas” podem nos fazer felizes. Em busca da felicidade, as pessoas acham que pelo fato de serem prosperas, materialmente falando, terão alegria plena e prazer duradouro. Mesmo entre os cristãos, a busca por coisas materiais acima das espirituais evidencia esse pensamento equivocado.
Muitas pessoas dizem que buscam a Deus, mas na verdade o que buscam são as coisas que Deus pode fazer por elas ou dar-lhes. No entanto, a maior de todas as bênçãos de Deus é o próprio Deus das bênçãos. É no relacionamento de intimidade com Deus que existe a verdadeira felicidade e satisfação plena para o ser humano.
Agostinho, teólogo do passado, disse acertadamente: “Fizeste-nos para ti, e nosso coração está inquieto até encontrar descanso em ti.” De fato, nada é mais compensador do que buscar um relacionamento profundo com Deus. É preciso deixar claro que não há como alcançarmos esse relacionamento com Deus fora de Sua Palavra.
John Piper, conferencista internacional e renomado escritor cristão, escreveu: “Um relacionamento com Deus fundamentalmente acontece pelo Espírito, através da Palavra. Não tente correr para longe da Bíblia tentando achar uma relação com Deus nos bosques ou em algum tipo de encontro estético com a natureza ou em alguma grande obra de arte. Tudo isso é suplementar. Sim, os céus manifestam a glória de Deus (Salmo 19:1)… O relacionamento reside nesta comunhão: Ele para nós e nós para Ele.”
Não podemos experimentar a intimidade sem entregar toda nossa vida a Ele. É preciso verdadeira consagração ao Senhor, é necessário santificação.
Somente em Deus podemos ter satisfação para a alma e alegria verdadeira. Será que estamos prontos a admitir a nossa superficialidade e quebrantados buscarmos um relacionamento mais profundo com Deus? Façamos como nos ensina o salmista: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração.” (Salmo 37.4).
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Texto publicado no boletim da Igreja Presbiteriana de Jundiaí de 16/3/2014.