Rev. Luis Roberto Navarro Avellar
Vimos nos artigos anteriores que no combate a idolatria é necessário que cada um examine seu próprio coração, para que possa identificar quais ídolos tem servido. Após identificar os ídolos em nosso coração, não podemos acolhê-los, não podemos fingir que eles não estão ali. É preciso “queimá-los”, eliminá-los.
A questão é: Como eliminar, lançar fora, “queimar” os ídolos presentes em nosso coração? Em seu livro Ídolos do Coração – Aprendendo a Desejar Apenas Deus, Elyse Fitzpatrick sugere algumas atitudes para eliminarmos os ídolos do nosso coração:
1) Confissão e Arrependimento. No ataque contra nossa idolatria e o comportamento pecaminoso que dela resulta, a primeira batalha será travada no campo da oração. Confissão e arrependimento genuínos, coerentes e produzidos pelo Espírito Santo constituem a única arma que pode enfraquecer as fortalezas que nossos pensamentos e desejos pecaminosos ocupam.
2) Ter Fome e Sede de Justiça. Jesus ensinou que devemos odiar nosso pecado a tal ponto que estaríamos dispostos a abrir mão do que parece essencial à vida. “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti… E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti” (Mt 5.29-30). A ideia de olho direito e mão direita indicam aqueles pecados que parecem mais agradáveis e proveitosos para nós. Nesse sentido, você estaria disposto a arrancar seu olho direito ou cortar sua mão direita na luta contra a idolatria? Se a santidade não é tão significativa para você, jamais vencerá a batalha contra a idolatria. De quanto você está disposto a abrir mão para servir a Deus? Do que você está disposto a abrir mão para tornar-se santo?
3) Revestir-se de Obediência. A santificação é um processo tríplice: despir-se, renovar a atitude, revestir-se. A Bíblia nos ensina a nos despirmos de atividades pecaminosas e o que colocar em seu lugar. Exemplos: Despir-se da ira, revestir-se de humildade, comunicação e serviço (Ef 4.26, 31-32); Despir-se do medo, revestir-se de temor a Deus a amor ao próximo (Lc 12.4-5; 1Jo 4.18); Despir-se do roubo, revestir-se de trabalho árduo e generosidade (Ef 4.28); Despir-se de palavras ferinas, revestir-se de palavras bondosas, cheias de graça, que edificam (Ef 4.29); Despir-se de preocupação, revestir-se de oração grata e específica, pensamentos disciplinados (Fp 4.6-9).
Que o Senhor nos ajude a lançarmos fora todo e qualquer ídolo que esteja em nosso coração, amém!
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Texto publicado no boletim da Igreja Presbiteriana de Jundiaí de 26/1/2014.
Ilustração: A Adoração do Bezerro de Ouro, de Jan Steen (1626–1679)