Rev. Luis Roberto Navarro Avellar -adaptado
“Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.” (Mateus 19.13-15).
Comemoramos hoje o Dia das Crianças. Somos gratos a Deus pela vida das nossas crianças.
Na cultura Judaica era costume que as crianças pedissem a bênção de seus progenitores, e os discípulos costumavam fazer a mesma coisa a seus mestres, os rabinos. Aquele que abençoava utilizava suas mãos (“E, tendo-lhes imposto as mãos…”) sobre os solicitadores. (v. 15). E o Evangelista Marcos, no texto paralelo, vai além, acrescentando um detalhe carinhoso da parte de Jesus: “e tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava (Marcos 10:16). Jesus dedicou tempo para cuidar das crianças. O relato de Marcos, mais que os outros Evangelistas, reflete o calor humano de Jesus. E Marcos acrescenta ainda mais um outro detalhe em relação aos demais Evangelistas: diz ele que Jesus ficou emocionado com a atitude dos discípulos e “indignou-se…” (Marcos 10:14) ao ver os discípulos impedindo as crianças de se aproximarem d‘Ele.
Por conseguinte, erramos quando ignoramos as crianças em nossas igrejas. O ministério da igreja local deve oferecer às crianças os benefícios que o cristianismo oferece ao mundo inteiro.
Hoje, podemos até não “proibir”, mas quem algumas vezes não embaraça uma criança de vir a Cristo? Talvez não eliminemos o ensino às crianças na igreja, mas, em nossas vidas, podemos fazer coisas que “impedem” as crianças de realmente se entregarem a Cristo. Um pai deve a seus filhos três coisas: exemplo… exemplo… exemplo. O pai que não dá bom exemplo a seu filho está impedindo que ele se lance na inquirição espiritual.
Sabemos que temos a obrigação de ensinar formalmente aos nossos filhos no lar. Se não o fizermos, estaremos embaraçando-os nas questões espirituais. Pode-se observar facilmente que os filhos refletem as atitudes de seus pais, em questões políticas, sociais e religiosas.
Neste Dia das Crianças, o melhor e mais valioso presente que podemos e devemos dar às nossas crianças, é ensiná-las a amarem a Deus, o único SENHOR, de todo coração, alma e força. (Deuteronômio 6.4-9). Devemos ensiná-las, sobretudo, através do exemplo.
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Texto publicado no boletim da Igreja Presbiteriana de Jundiaí de 12/10/2014.
Transcrito e adaptado