O vídeo de um comediante fazendo uma piada sem graça e recebendo um tapa, circulou grandemente pela internet. Tal acontecimento me fez lembrar de um artigo escrito pelo Pr. Alexandre “Sacha” Mendes, onde ele dá três exemplos de piadas sem graça:
- Piadas que enganam. “Como o louco que lança fogo, flechas e morte, assim é o homem que engana a seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira.” – Pv 26.18, 19. O contexto imediato (Pv 26.17-22) indica que existe um (mau) humor em uma língua maldizente e ávida por dissenções. Esse é o tipo de “engano” encarado como um jogo, ou uma brincadeira. Enganar e maldizer o próximo como se fosse um jogo, uma brincadeira ou uma experiência de novela da vida real é loucura. Apenas quem gosta de brincar com a morte num caminho de destruição é quem insiste nessa postura. Não use a maledicência e o engano como diversão. Não é engraçado.
- Piadas que zombam do pecado. Piada sem graça faz do pecado um motivo de riso. O pecado que custou o sangue de Jesus Cristo na cruz é transformado em objeto de escárnio. Não é estranho zombar daquilo que custou algo tão valioso? Não é estranho zombar daquilo que foi tão seriamente tratado na morte de Jesus? Piadas que zombam da condição do pecado (bebedice, glutonaria, homossexualidade, roubo, etc.) desconsideram a seriedade do preço pago pelo pecado. O próximo passo é zombar da possibilidade de restauração para o caminho da sabedoria, deixando os envolvidos longe do arrependimento. “Os loucos zombam do pecado, mas entre os retos há boa vontade.” – Pv 14.9. Ou ainda, “… o que se alegra da calamidade não ficará impune.” – Pv 17.5. Não use o pecado como motivo para sua piada. Não é engraçado.
- Piadas que escarnecem da criatura (e do seu Criador). A piada sem graça usa o exagero das características físicas de alguém para rir. Provavelmente, numa atitude de superioridade, sem perceber que esse julgamento está sutilmente demonstrando seu próprio orgulho: “convém que todos diminuam com meu humor para que eu prevaleça”! O que deixamos de perceber é que a Bíblia liga, em muitas ocasiões, o julgamento da criatura como uma afronta ao seu Criador. “O que escarnece do pobre insulta ao que o criou…” – Pv 17.5a. “O que despreza o próximo é falto de senso…” – Pv 11.12a. Ou ainda, “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?” – Tg 4.11, 12. Não faça piada de alguém por suas características dadas pelo Criador. Não é engraçado.
(Extraído do site todahelohim.com/2016/06/piada-sem-graca.html)
Por: Rev. Luís Roberto Navarro Avellar