UMA IGREJA MAIS PRÓXIMA DA BÍBLIA – A IMPORTÂNCIA DA PREGAÇÃO DO EVANGELHO
No mês de julho, nossa Igreja Presbiteriana de Jundiaí (IPJ), celebra 73 anos de organização. Ainda que imperfeitos, temos procurado com a ajuda e pela graça de Deus, ser uma igreja local bíblica. O Pastor Paul Washer disse: “Não busque uma igreja mais perto da sua casa, busque uma igreja mais perto da bíblia”.
De fato, é isso que temos buscado ser, uma igreja mais próxima da Bíblia, uma igreja bíblica.
Quais são as características de uma igreja bíblica? Uma igreja “mais pura”, mãos próxima da Palavra de Deus? A Confissão de Fé de Westminster afirma que “as igrejas particulares […] são mais puras ou menos puras conforme nelas é, com mais ou menos pureza, ensinado e abraçado o evangelho, administradas as ordenanças e celebrado o culto público” (XXV.IV). Para maior pureza da igreja, mais o puro evangelho deve ser ensinado e abraçado.
A Revista Nossa Fé*, publicada pela Cultura Cristã, na lição “Uma Igreja mais Próxima da Bíblia”, descreveu a importância da pregação do evangelho para a pureza da igreja:
I. A IGREJA É FRUTO DA PREGAÇÃO DO EVANGELHO (Atos 2.37-41) A palavra “comovidos” usada por Lucas é um vocábulo que significa “perfurar” e está no passivo. Ou seja, aquela palavra pregada por Pedro perfurou e penetrou o coração deles. O sentido figurado é o compungir, constranger, apertar. A pregação do verdadeiro evangelho por parte de Pedro causou esse efeito em seus ouvintes. O evangelho não existe para fazer uma massagem no ego, mas para dar um “golpe no coração”. O evangelho também faz com que sintamos a angústia do estado de miséria e pecado em que estamos diante de Deus, mostrando que a morte de Cristo foi um sacrifício e não um simples martírio. Cristo foi sacrificado pelo Pai, mas por nossa culpa, nossos pecados.
II. A IGREJA É FRUTO DE GENUÍNA CONVERSÃO (Atos 2.42) A pregação do verdadeiro evangelho gerou comoção nos ouvintes e por isso mesmo, com o coração perfurado pela Palavra de Deus, foram convocados ao arrependimento (reconhecer a culpa e lamentar o que se praticou e desejar algo diferente) e à conversão (uma inversão de rumo e uma meia-volta de toda a vida). Essas duas reações se tornam o fundamento do que acontece nos versos seguintes e se constituem na explicação do porquê isso acontece. A Confissão de Fé de Westminster afirma ainda que os convertidos pelo evangelho passam a compreender as coisas de Deus, têm retirados os seus corações de pedra e recebido corações de carne, têm renovadas as suas vontades e são inclinados para aquilo que é bom (CFW X.I).
III. A IGREJA NECESSITA DE EXPOSIÇÃO BÍBLICA (Atos 2.42) O texto diz que os convertidos “perseveravam na doutrina dos apóstolos”. O termo “doutrina” significa ensino. O termo “perseverar” significa ser determinado em direção a alguma coisa. Isso nos diz que os crentes da igreja primitiva buscavam com zelo e perseverança o ensinamento dos apóstolos; a palavra pode indicar também entusiasmo e ânimo em relação a ela. Há necessidade de uma pregação genuinamente bíblica, doutrinária, apostólica a fim de se gerar vida na igreja. E a melhor maneira de realizar isso é a pregação expositiva.
* Revista Nossa Fé – Desigrejado? Nem pensar – Revista do aluno: Jesus, sim. Igreja, também. (pp. 13-15). Editora Cultura Cristã.
Por: Rev. Luís Roberto Navarro Avellar