No boletim da semana passada, aprendemos através do artigo “Admita seus limites”, de Paul Tripp, que somente quando abraçamos humildemente nossa fraqueza, admitimos humildemente os nossos limites e reconhecemos humildemente o quão pequeno realmente somos, podemos começar a buscar a ajuda do Redentor amoroso, poderoso e gracioso, que é a verdadeira fonte de nossa força, sabedoria e esperança.
Os livros de autoajuda estão recheados de conselhos do tipo “sim, você pode”. Mas na verdade, nós não podemos nada sem o Senhor. No artigo Você costuma pedir ajuda?, Paul Tripp escreve: Precisamos de ajuda para mais do que meras tarefas – precisamos de auxílio também na conduta moral. Falamos precipitadamente, tomamos decisões sem sabedoria e desejamos coisas por motivos errados.
O fato é que precisamos de ajuda! Apesar da evidência indiscutível, prosseguimos em nossa teimosia, pensando que podemos viver por conta própria. Por quê? Porque estamos apaixonados por duas mentiras muito sedutoras. A primeira mentira é a autonomia. A autonomia declara que somos seres independentes com o direito de fazer o que bem queremos – quando, onde e como queremos.
A segunda mentira é a autossuficiência. A autossuficiência declara que temos dentro de nós tudo quanto é necessário para realizar seja o que for que a autonomia nos conceda licença para correr atrás. O Rev. Milton Coutinho Júnior, em seu artigo Na verdade não, você não pode!, escreve: Entender a incapacidade humana é essencial para confiarmos em Cristo. A lei nos foi dada exatamente para percebermos isso (nas palavras de Paulo, para que se cale toda a boca e todo mundo seja culpado diante de Deus – cf. Rm 3.19-20) e olharmos com fé para o único que pode nos salvar, por ter sido o único que pôde cumprir integralmente toda a lei.
Não, você não pode! À parte de Cristo, ninguém pode. Tiago orienta: “Não vos enganeis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (1.16-18). A ênfase bíblica não é naquilo que podemos fazer, mas naquilo que Cristo fez em favor de pecadores, para a glória do Pai.
O evangelho diz respeito a Jesus, seu poder, sua glória, sua honra! Se você compreender corretamente isso, aí, sim, poderá afirmar como Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4.13), mas, lembre-se, ele não se referia somente às boas coisas boas e às conquistas, mas em estar contente em toda e qualquer situação, humilhado ou honrado, com fartura ou com fome, na abundância ou escassez (conf. 4.10-12). Confie sempre, naquele que é Todo Poderoso!
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