Porque, todas as vezes que comerem este pão e beberem o cálice, vocês anunciam a morte do Senhor, até que ele venha. 1 Coríntios 11:26
Nada neste mundo pode ser comparado à Igreja de Cristo. Ela não é uma associação, um clube, uma fraternidade ou organização. Em sua concepção bíblica, a Igreja é um corpo místico – o corpo do Senhor Jesus. Pessoas de todas as gerações do passado, do presente e do futuro fazem parte da Igreja.
O processo pelo qual as pessoas passam a fazer parte da Igreja do Senhor Jesus não tem formulário de inscrição, pagamento de taxa, ou qualquer obra de caráter meritório. Trata-se da conversão do coração, promovida exclusivamente pela obra de Jesus Cristo na Cruz e pela obra da regeneração do coração, feita pelo Espírito Santo na pessoa, e vida nova em Cristo mediante a fé.
Uma vez convertida pelo poder de Deus, a pessoa tem diante de si a necessidade e responsabilidade de compartilhar da fé em Cristo com outros, passando a congregar em uma igreja visível. Somente pelo batismo se dá o ingresso da pessoa salva na igreja visível. Foi o Senhor Jesus quem instituiu o batismo, como forma de exteriorizarmos nossa fé nele.
Aprendemos pelas Escrituras que tal pessoa não apenas foi salva, mas também recebeu dons do Espírito Santo, pelos quais se torna capacitada a servir a Cristo no seio da igreja e no seio da sociedade. Assim, os salvos não apenas se reúnem para compartilhar da mesma fé, mas se dispõem a servirem uns aos outros, segundo os dons recebidos, “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo,” (Ef 4.13).
Além do batismo como ingresso à igreja visível, nosso Senhor estabeleceu a celebração da Ceia como um meio de graça, pelo qual comemoramos Sua obra de redenção, realizada por meio de Seu sacrifício vicário, Sua morte real pelos pecadores. O pão e o suco da uva representam, no momento da Ceia, seu corpo e seu sangue, mas não se tornam carne e sangue do Senhor. Todavia, cremos que Jesus Cristo, por meio de seu Espírito presente nos corações e na comunhão dos salvos, se faz presente na Ceia e nos alimenta com sua própria graça, fazendo-nos um só corpo com Ele.
Na passagem acima, o apóstolo Paulo confronta os cristãos coríntios a respeito dos erros que estão praticando no momento da Ceia. Além de reprová-los, também os adverte. A Ceia é o anúncio formal do sacrifício do Senhor, que não pode ser negligenciado pela Igreja até que Ele volte. Aqueles que pertencem de fato à Igreja, o corpo místico de Jesus Cristo, são responsáveis por anunciar a morte do Senhor até que Ele venha, por amor a Cristo e dever de consciência, tanto pelo testemunho pessoal, quanto por sua participação na Mesa do Senhor.
Constatamos que participar deste sacramento é vital para vida espiritual do cristão. Não devemos considerá-lo sem importância. Não devemos faltar à casa do Senhor por qualquer motivo, muito menos quando compartilhamos da Ceia do Senhor. Afinal, todas as vezes que comemos do pão e bebemos do cálice pregamos o Evangelho do amor de Deus pelos pecadores. Que haja boa consciência em nós. Somos a gloriosa igreja de Jesus Cristo!
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Por: Rev. Wilson do Amaral Filho