— Se vocês me amam, guardarão os meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador, a fim de que esteja com vocês para sempre: é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele habita com vocês e estará em vocês.

— Não deixarei que fiquem órfãos; voltarei para junto de vocês. Mais um pouco e o mundo não me verá mais; vocês, no entanto, me verão. Porque eu vivo, vocês também viverão. Naquele dia vocês saberão que eu estou em meu Pai, que vocês estão em mim e que eu estou em vocês. João 14:15-20

A vinda de Jesus à terra teve elementos sobrenaturais e naturais. Anunciada muitos séculos antes, contou com o anúncio de anjos, a concepção virginal, o coro angelical, sinais nos céus, o nascimento da virgem, o desenvolvimento humano, seu ministério de pregação, curas e intervenções sobrenaturais, sua morte e sepultamento. Uma longa sequência numa vida tão breve.

A partida de Jesus do nosso mundo não foi diferente. Pré-anunciada pelo próprio Cristo, se iniciou com sua inconfundível ressurreição, as aparições aos que o seguiam, a explicação do caráter messiânico das Escrituras do AT, o convívio, as instruções e as ordens finais, a despedida provisória e cheia da glória de quem venceu a morte, os principados e as potestades.

Antes mesmo de morrer, Jesus ensinou os próximos passos do plano de redenção aos seus seguidores. Ele ensinou sobre sua partida para o Pai e, simultaneamente, sua permanência com os discípulos. Sabemos que Jesus possui uma natureza divina, onipresente em sua essência e natureza. Sabemos que se fez homem, passando a ter uma natureza humana. Na nossa lógica humana jamais poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo. Como conciliar as duas naturezas em uma só pessoa? Este é o mistério de Deus que demanda nossa fé.

O texto que nos serve de referência, nos apresenta o Espírito Santo, o outro Consolador, como o Deus que jamais deixará os que amam a Cristo e, por consequência guardam seu ensino e mandamentos. Ele está diuturnamente com os salvos, tornando-os um com Cristo. Ele é conhecido e amado pelos verdadeiros cristãos como o que promove a unidade, ensina, convence e assegura a presença de Cristo em suas vidas.

Antes mesmo de sua partida, Jesus confirmou aos discípulos que não os deixaria órfãos. Na sua ressurreição voltou para eles, ainda que por breve tempo. Ainda que esteja fisicamente junto ao Pai, como afirmam as Escrituras, está misticamente presente em cada um dos que o Pai lhe deu, por meio do Espírito que neles habita. Os cristãos não estão nem devem se considerar órfãos, porque a presença espiritual de Cristo pode ser percebida em suas vidas.

Também confirmou que sua pessoa não seria mais vista pela humanidade que, aliás, persevera no erro, mas os seus o veriam, mediante a fé. Além da visão que temos do Cristo vivo, por meio das Escrituras, Ele assegurou que está vivo na glória celeste e que concede Sua vida aos que nele creem, tanto no presente quanto na eternidade. Quando aquele dia chegar e nos encontrarmos face a face com Ele, entenderemos como Jesus Cristo permanece no Pai, mas também permanece em nós e nós permanecemos nele, por conta de Sua preciosa graça.

Enfim, se alguém lhe perguntar a razão da sua fé em Jesus Cristo e como você sabe que Ele está no céu e em sua vida, ao mesmo tempo, simplesmente se lembre da palavra do Senhor. O Filho de Deus subiu para estar com o Pai, tendo satisfeito a justiça divina e se assentou à direita do Todo-Poderoso e fisicamente permanece ao Seu lado, reinando até vencer o último inimigo — a morte. Mas está no coração e na vida de cada um dos que O temem e O seguem, por meio do Espírito Santo — o outro Consolador.

Jesus Cristo, está exaltado e presente em nós, para sempre!

Foto: Freepik

Por: Rev. Wilson do Amaral Filho

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