As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. João 10.27,28

Quando o apóstolo João fez este registro em seu evangelho, muitos anos haviam passado desde que Jesus Cristo proferiu tais palavras. Muita gente havia se tornado cristã desde então. Entretanto, muitas doutrinas perigosas haviam se manifestado na igreja, obrigando o apóstolo a testemunhar por escrito as palavras do nosso Senhor e Salvador.

Estes versículos nos lembram a relação que Jesus Cristo tem com seus seguidores, utilizando a metáfora do pastor e de seu rebanho de ovelhas.

Em primeiro lugar, Jesus utiliza o pronome possessivo “minhas ovelhas”. Tem o direito de fazer isto porque comprou cada uma delas mediante a obra da cruz, na qual derramou seu sangue inocente para cumprir a justiça de Deus. Não dá para sabermos quantas ovelhas são dele, desde os tempos mais antigos até o dia de sua volta para julgar o mundo.

E prossegue dizendo “minhas ovelhas ouvem a minha voz”. Ao ouvirem sua voz as ovelhas sentem-se seguras e encorajadas a caminhar sob seu comando. As ovelhas de Cristo reconhecem a doce voz de Jesus por meio da Palavra e do Espírito, presentes em seus corações. A voz de Jesus Cristo é a primeira, a mais importante e vital para suas ovelhas. Em detrimento de muitas vozes, muitos clamores e muitas ideologias que se dizem libertárias por toda parte, os cristãos identificam a voz do Senhor e a seguem, porque somente Ele é vida e vida em abundância.

Jesus Cristo ainda afirma: “eu as conheço”. Conhecer as ovelhas é uma condição do pastor verdadeiro. Jesus conhece cada pessoa convertida a Ele. “Conhecer” significa muito mais do que saber o nome dessa pessoa, ou onde mora. Significa que Jesus tem uma comunhão mística tão intensa com ela, que Ele conhece o desejo secreto do coração e ainda está transformando a pessoa à sua semelhança.

Como resposta, as ovelhas O seguem. As ovelhas reconhecem a voz do pastor e aprendem a andar no passo dele. Isto se chama discipulado. Jesus havia dito que “de modo nenhum seguirão o estranho; pelo contrário, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” (Jo 10.5). Seguir Jesus é um ato de obediência, de confiança e perseverança, diante dos enormes desafios, deslizes e prazeres propostos pelo tentador e pelo mundo.

Por fim, Jesus Cristo afirma: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém  as arrebatará da minha mão.” As ovelhas de Cristo já compartilham da comunhão íntima com o Senhor mediante a fé, mas haverá um dia em que, ressuscitadas pelo poder de Deus, compartilharão de sua companhia eternamente.

O apóstolo Pedro usa a expressão “coparticipantes da natureza divina” (2Pe 1.4) para significar que essa vida prometida por Jesus Cristo é mais do que uma vida que não termina. Designa a vida em toda a sua plenitude, como Deus a planejou.

Resta-nos perguntar: Jesus Cristo é o nosso grande Pastor? Ouvimos a sua voz todos os dias? Seguimos seus passos? Estamos seguros acerca de Suas promessas de vida eterna?

Foto: freepik

Por: Rev. Wilson do Amaral Filho

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