[…] ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, […] Filipenses 2.8,9

Em certa ocasião de seu ministério, Jesus contou uma parábola sobre dois homens que foram ao templo para orar. Seu objetivo era confrontar alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros (Lc 18.9). A lição almejada era demonstrar que todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. (Lc 18.14).

A magnífica coerência de Jesus, que o exalta como suprema autoridade nos céus e na terra (Mt 28.18), está no fato de que em sua vida comum, mesmo sendo Deus e homem, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. (Fp 2.6 NVT). Ele viveu o que ensinou e, por isso, foi exaltado.

Sua missão de buscar e salvar o perdido (Lc 19.10), requeria dele a auto humilhação, a obediência, a submissão à vontade do Pai e à Sua lei, às autoridades que finalmente o condenaram à cruz e sua sujeição à morte, como um ato deliberado: Agora minha alma está angustiada. Acaso devo orar ‘Pai, salva-me desta hora’? Mas foi exatamente por esse motivo que eu vim! (Jo 12.27)

A humilhação e obediência de Jesus nunca significaram derrota, constrangimento, sentimento de inferioridade. Significaram foco em sua missão redentora; esforço sobre-humano para obter a salvação dos pecadores, identificando-se com cada um deles, sem se deixar contaminar pelos pecados deles.

Cristo andou por nossos caminhos, sentiu a nossa fome, a nossa sede, a nossa dor e a nossa angústia. Alegrou-se com os que criam nele e abençoou-os, ainda que fossem imperfeitos e necessitados. Vivenciou as nossas tentações, mas nunca tirou os olhos do Pai e da sua missão, até ser morto! Humilhou-se completamente!

Concluída a obra da cruz, o Pai, que muitas vezes tinha declarado Seu amor pelo Filho, publicamente, por meio de poderosa voz, O exaltou sobremaneira.

Começando por sua ressurreição, 1) a morte já não tem domínio sobre ele (Rm 6.9); 2) depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, (Hb 1.3); 3) O Pai lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. (Fp 2.9-11). Jesus Cristo foi supremamente exaltado!

Jesus Cristo, portanto, se humilhou completamente e foi exaltado completamente. Ele é a nossa referência. Que nenhum cristão tenha em vista somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros (Fp 2.4), porque é assim que imitamos a Cristo. Se nesta vida somos humilhados por causa Dele e nos humilhamos sob a poderosa mão de Deus, a seu tempo o Senhor nos exaltará (1Pe 5.6).

Não há honra maior nesta vida do que servir a Jesus Cristo, ainda que soframos com nossa decisão de caminhar sob sua autoridade e senhorio. Igualmente, não haverá maior honra do que sermos salvos ressuscitados, elevados por Sua inteira graça à condição de filhos eternos de Deus, galardoados segundo a medida da fé, e reinando com Ele!

Foto: Freepik

Por: Rev. Wilson do Amaral Filho

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